Especialistas alertam que a corrida por viralização nas redes sociais, especialmente no formato Reels do Instagram, não garante a construção de marcas sólidas. Levantamento divulgado em 11 de maio de 2025 pela Dois Z Publicidade mostra que 78% dos conteúdos virais geram apenas picos de visibilidade, sem impacto duradouro. Empresas que focam apenas nessa estratégia têm 43% menos retenção de clientes do que aquelas que investem em branding contínuo.
Segundo a análise, “a viralidade não garante a conexão emocional com o público; pelo contrário, pode muitas vezes diluir a mensagem da marca”. O estudo ressalta que os algoritmos privilegiam interações rápidas, mas isso não significa fortalecimento de identidade.
O fenômeno de viralização, portanto, é um dilema: dá visibilidade imediata, mas raramente gera resultados consistentes.
Viralizar não é o mesmo que construir marca
Nos últimos anos, viralizar se tornou sinônimo de alcançar milhões em pouco tempo, em grande parte graças ao Instagram. Mas a vida útil de um Reel viral é curta — em média 72 horas — e só 12% das empresas conseguem converter essa atenção em percepção positiva.
Ou seja, viralização é passageira. Já o branding se apoia em narrativas consistentes e planejamento estratégico, que criam laços reais com o público.
Os riscos do conteúdo viral
Um dos maiores problemas é a perda de controle da mensagem. Pesquisas apontam que 64% dos conteúdos virais são consumidos sem associação clara à marca. Além disso, métricas como conversão e fidelização raramente acompanham os números de visualização.
Resultado: mais exposição, mas pouca lembrança ou credibilidade. Como destacam especialistas, “uma marca forte é um ativo valioso que pode abrir portas e criar oportunidades de negócios”.
O que realmente fortalece uma marca
O que constrói uma marca sólida é consistência. Empresas que mantêm comunicação clara e alinhada a valores registram índices de fidelização quase quatro vezes maiores.
A conexão emocional também é decisiva: 68% das decisões de compra em setores competitivos vêm do vínculo com a marca. Somado a isso, elementos como propósito, posicionamento e identidade visual aumentam em até 37% a memorabilidade.
Equilibrando viral e branding
Isso não significa abandonar conteúdos virais. Quando alinhados à identidade da empresa, eles podem impulsionar o branding e até multiplicar conversões. O segredo está no equilíbrio: usar tendências para atrair, mas sustentar o relacionamento com narrativas profundas e coerentes.
Exemplos de sucesso
A Havaianas deixou de ser apenas um chinelo barato para se tornar ícone global, graças a reposicionamento estratégico e pesquisa de mercado. A Netflix também mostra força de branding: de locadora de DVDs a gigante do streaming, hoje é reconhecida por 98% dos consumidores do setor.
Casos como esses provam que marcas fortes se constroem com tempo, consistência e propósito — não apenas com posts virais.
Viralizar pode ser útil, mas não substitui a importância do branding. Apostar só em picos de atenção significa abrir mão de relacionamentos duradouros. Empresas que equilibram alcance imediato e construção consistente são as que prosperam a longo prazo.
No fim, visibilidade passageira nunca terá o mesmo peso que uma marca forte, que resiste ao tempo e gera oportunidades em todas as áreas do negócio.













